⍟Servir um Pisco Sour original e de qualidade é o cartão de visitas dos melhores bares de Lima. Não importa se tradicional, inovador ou exótico: vale mesmo é seduzir o paladar dos clientes e turistas, cavando espaço no disputado mercado da coquetelaria peruana.
Dentre nossos vizinhos, o Peru é, sem dúvida, um dos que vive o melhor momento não só na coquetelaria, como também na gastronomia. A capital, Lima, tem diversidade e qualidade a bons preços, que costumam atrair turistas e uma dedicada clientela local.
O culto ao Pisco Sour, drink criado a partir do destilado à base de uvas mais degustado pelos andinos, é um caso à parte.
Além de parâmetro para testar a excelência dos bares, é uma espécie de tesouro nacional e motivo de incômoda rivalidade com os chilenos, que também clamam para si sua invenção.
Basta dizer que desde 2004, por decisão ministerial, no segundo sábado de fevereiro comemora-se no Peru o Dia Nacional do Pisco Sour. Os ingredientes são amplamente conhecidos: pisco, clara de ovo, xarope de açúcar, angostura, suco de limão e gelo.
O segredo, obviamente, está no preparo: e então cada bar se esmera em oferecer sua melhor versão. Uma questão de honra para os anfi triões.
EL GRÁN HOTEL BOLÍVAR
S
eus sócios investiram durante anos em pesquisas para resgatar a receita original do Pisco Sour, desen
volvida nos anos 1920 por Victor Morris, um bartender norte-americano radicado em Lima. Deu certo. O Bolívar venceu a disputa com o Hotel Maury e consagrou o Pisco Sour Catedral, versão criada para servir os fiéis que chegavam sedentos ao bar do hotel após acompanharem a missa que se realizava nas cercanias.
A bebida também atraiu visitan
tes ilustres em passagens pelo país: Mick Jagger, Ava Gardner, Nat King Cole e Orson Welles foram alguns dos que se renderam à tradição.
Jr. De La Union, 958 | Lima
granhotelbolivar.com.pe
TANTA
Visitar Lima e não dar as caras em um dos endereços pilotados por Gaston Acurio beira o imperdoável. Lá, o Pisco Sour – para muitos, o melhor do mundo – tem quatro variações: Aguaymanto, fruto cultivado desde a época dos Incas; Camu-camu, também exótico, mas não uma exclusividade peruana, pois é encontrado do lado de cá da Amazônia;
Maíz morado, milho de pigmentação arroxeada; e o bom e velho maracujá. Mas Acurio também idealizou uma carta que traz outros coquetéis à base da bebida, como o sugestivo Piscopolitan, infusionado com cranberry; e o Manzanita Punch,que a combina com maçã verde e tônica.
Prol. Primavera, 698 | Surco | Lima
www.tantaperu.com
