⍟ Head bartender do Espaço 13, em São Paulo, foi à Irlanda para vivenciar toda a experiência do Barrelmen’s Homecoming. Vencedor da etapa global da competição foi André Duncan-Breault, do Canadá
Publicado em 29 de junho de 2018, às 15 horas.
Uma referência às grandes riquezas que temos, mas que muitas vezes não nos lembramos, o cocktail Latino América levou Stephanie Marinkovic para a final global de Jameson Bartenders’ Ball 2018, o Barrelmen’s Homecoming, na Irlanda. Em três dias agitados de competição, ela conheceu a história do irish whiskey, a produção e os blends de Jameson e também pôde apresentar sua criação para os jurados da competição. O vencedor global deste ano foi André Duncan-Breault, do Canadá, com o drink The Foggy Dew.
A experiência começou bem antes da final, realizada na terça-feira (26). No fim de semana, a bartender paulistana desembarcou em Cork, distrito onde está localizada uma das duas destilarias de Jameson Whiskey. Lá, ela foi recebida com um kit da competição, pôde explorar a fábrica onde a bebida é produzida e aprender sobre as raízes do spirit irlandês.
Também fizeram parte do roteiro diferentes tastings com a bebida, jantares e momentos de trocas de experiências entre os finalistas. O grande evento aconteceu dentro de um bar localizado em Cork e reuniu, além dos mix masters (finalistas), embaixadores de todo o mundo e apaixonados pelo whiskey.
FINAL GLOBAL
Assim como a final brasileira do Jameson Bartenders’ Ball, realizada em São Paulo, a etapa global seguiu passos semelhantes: uma grande festa em que o irish whiskey é a principal estrela. Os finalistas se apresentaram para os jurados separadamente e, em seguida, os três melhores colocados lideraram o show time: Espanha, Coreia do Sul e Canadá, sendo que o representante canadense, André Duncan-Breault, levou o primeiro lugar.
“Nós apresentamos nosso cocktail aos jurados em uma sala separada, quase no mesmo estilo brasileiro”, lembrou a finalista. “Só que os bartenders se apresentavam enquanto a equipe que estava junto deles ficou no hotel. Só os mix masters se apresentaram e depois teve a festa, que foi incrível!”.
Na comemoração, que contou com muita música e interação entre os participantes, os mix masters puderam criar as próprias camisetas e pulseiras inspiradas em Jameson Irish Whiskey, além de personalizarem as próprias jaquetas da competição.
EXPERIÊNCIA INESQUECÍVEL
Para Stephanie, o prêmio pode não ter vindo desta vez, mas o que realmente contou foi a experiência do campeonato. “Foi tudo tão incrível que é até difícil de assimilar. Eu conversei com muitos bartenders sobre a coquetelaria de outros países, fiz amizade com barmen da Coréia do Sul, da Espanha, da Argentina… todos eles têm um carinho muito grande pelo que fazemos aqui no Brasil”, afirmou.
Além dos momentos de troca de experiências, houve roteiros educacionais e culturais para a imersão dos finalistas na cultura irlandesa de Jameson. “A gente foi até a fábrica de Jameson em Cork, tomamos whiskey direto do barril, estudamos os tipos de barris onde a bebida é envelhecida – carvalho americano e jerez – além de degustarmos diversos tipos de Jameson na destilaria de Dublin”.
As vivências que teve, segundo ela, servirão para que esteja melhor preparada no futuro. “A ideia é me preparar para tentar de novo em 2020 e ganhar esse prêmio para a gente. Essa viagem foi muito especial pelas experiências que eu tive. Com elas, irei me preparar para um novo campeonato global”.
DRINK VENCEDOR: THE FOGGY DEW
A receita vencedora do Jameson Bartenders’ Ball 2018 mistura Jameson Black Barrel, Chartreuse verde, suco de maçã e xarope de bétula, semelhante ao maple syrup. Segundo seu autor, o bartender canadense André Duncan-Breault, o drink faz referência às raízes irlandesas da sua família.
“O nome do meu cocktail refere-se ao nome de diversas músicas populares na cultura irlandesa e também a uma música escrita em 1919 que narra a Revolta de Páscoa de 1916″, explicou em um post no Instagram.
“A música me traz muitas emoções e é sinônimo de coragem, valor, honra e de ter uma mente e atitude combativas diante da adversidade. Tendo sangue escocês correndo pelas minhas veias, posso transmitir esses valores, também compartilhados pelo pensamento irlandês, nossa história. Eu não posso evitar ligar o povo gaélico e sua história à natureza, já que a terra nunca realmente nos pertenceu, mas nós, por outro lado, sempre pertencemos à terra”.