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A vida nas Embaixadas

⍟ Profissionais de importância fundamental para o crescimento e popularização do mercado de bebidas no país, os embaixadores das marcas cada vez mais se aprimoram para apresentar seus produtos a novos mercados. A Revista Clube do Barman conversou com alguns deles para saber mais sobre esta intensa rotina de trabalho

V isitar os bares com frequência, manter um olhar atento sobre o consumidor, não economizar esforços (nem quilometragem) para acumular mais conhecimento; ter carisma para construir boas relações profissionais, criatividade ao planejar ações e competência em apontar os diferenciais de cada produto… A lista de boas práticas para quem deseja se tornar um embaixador de marca no mundo da coquetelaria é extensa – e de elevado padrão de exigência.

Encarar este trabalho como estilo de vida passa a ser pré-requisito fundamental, afinal o embaixador representa sua marca em todas as horas de seu dia. “É uma responsabilidade muito grande. Os embaixadores não trabalham no escritório, são as pessoas de mercado que avaliam as ações e opiniões”, comenta Georgina Costa, embaixadora brasileira de Ballantine’s.

Desde que começou a representar o whisky escocês, Georgina – nascida em Londres e selecionada em 2014 com outros 17 profissionais para viajar pelo mundo para divulgá-lo – o considera parte de sua identidade. “Trabalho com um produto incrível, conhecido mundialmente, com quase 200 anos de história. E agora posso deixar também a minha própria marca no mercado”, diz.

Já para Rafael Mendes, a missão era diferente. Escolhido como o primeiro embaixador de Absolut Elyx, deparou-se com um produto novo, que precisava da criação de experiências em curto prazo para interagir com o consumidor de forma prática e real.

“Eu viajo pelo Brasil levando degustações comparativas com outras vodkas do segmento super premium, para mostrar as diferenças no sabor, aroma e textura – e também estimular o interesse do público pela coquetelaria”, conta.

Em sua visão, o grande desafio tem sido ressaltar que Absolut Elyx não é uma edição limitada, mas sim uma vodka que veio para ficar. “Desde seu lançamento temos acompanhado uma ótima evolução na aceitação do consumidor”, comemora.

a-cara-da-pernod — Juliana Rodrigues (Jameson), Tiago Olim (Passport), Paula Limongi (Chivas), Rafael Mendes (Elyx), Fabyola Soares (Pierrier-Jouët), Georgina Costa (Ballantine’s)

EXPERTISE

Os embaixadores passam por treinamentos específicos para se aprofundarem em temas que incluem os processos de produção, conhecimento de marca, identificação do público e posicionamento do produto no mercado. Ao ocuparem seus postos, colocam em prática todo este know-how, em ações direcionadas.

“Jameson fez alguns estudos bem focados no Brasil, que identificaram, por exemplo, uma mudança acentuada em relação ao trabalho de bartender”, conta Juliana Rodrigues, embaixadora do whiskey irlandês desde o ano passado, dando sequência a uma carreira que começou na Pernod Ricard Brasil em 2013, como estagiária.

Com base neste diagnóstico, um dos pilares de seu trabalho passou a ser conduzir o programa ‘support bartender specially’, conjunto de ações voltadas para possibilitar a evolução profissional da categoria. “Sem os bartenders, Jameson não teria crescido como cresceu. Eles têm uma ligação muito forte conosco e queremos retribuir”, conta.

Fabyola Soares, à frente da embaixada de Perrier-Joüet, também comemora bons resultados no mercado brasileiro. “Perrier-Joüet foi a marca de champagne que mais cresceu no último ano, um objetivo alcançado com muito trabalho, parcerias e consistência”, argumenta.

Administradora de empresas, sommelière e fascinada por História da Antiguidade, ela une as três paixões ao atuar como embaixadora: “Hoje desenvolvo experiências de consumo em que a sinergia entre arte, história e cultura são destacadas em degustações sensoriais e harmonizações gastronômicas”.

COMUNICAR É PRECISO

Para Tiago Olim, embaixador do whisky Passport, não há um dia igual ao outro na profissão. Bacharel em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa, ele acredita que sua formação contribuiu muito para que ele fosse selecionado no processo de recrutamento da marca.

“As outras virtudes necessárias são autenticidade, paixão, humildade… É uma profissão vibrante, que precisa de muita energia e confiança. O comprometimento é grande, mas o fato de ter sido treinado na Escócia faz-me estar bem preparado”, resume.

“Somos o meio e a mensagem, pois a marca não pode falar. Então, emprestamos nossa voz a ela”.

Paula Limongi (Chivas), sobre a função que ocupa atualmente

Jornalista de formação, Paula também passou por um treinamento no Reino Unido antes de assumir o cargo, em 2014. Foi um período de imersão sobre a qualidade do whisky e os valores da marca, fundamental para que ela pudesse ter sucesso ao iniciar sua jornada.

“O Brasil é um dos principais mercados etílicos do mundo. Por isso, a tendência é a busca por novidades para refinar o paladar. Neste cenário, posso dizer que Chivas está muito bem inserido, inclusive com o lançamento de Chivas Extra, que tem surpreendido os consumidores”, comemora.

Em recente entrevista ao jornal Meio & Mensagem, o vice-presidente de marketing da empresa norte-americana Social Chorus, Dave Hawley, resumiu o quanto este tipo de trabalho tem sido valioso no mercado global:

Em um mixing glass adicione bastante gelo, Absolut Elyx, água de coco e o xarope de baunilha. Misture bem. Coe em um copo ‘On The Rocks’ com gelo. Decore com as raspas de coco.