⍟ Final global do campeonato organizado por Beefeater London Dry Gin teve fim ontem; vencedor foi Maxim Schulte, representante de Hong Kong e Macau
Publicado em 9 de fevereiro de 2018, às 17h.
Por volta das 20h de ontem (8), chegou ao fim a sétima edição do maior campeonato de gin do mundo, o Beefeater MIXLDN7. Este ano, o evento reuniu os 31 bartenders vencedores de suas etapas nacionais no coração dos gins britânicos, Londres, para uma série de desafios e experiências únicas em coquetelaria.
Luciano Guimarães, de Recife, representou o Brasil com sua criação Marco Zero. O primeiro lugar ficou para o participante de Hong Kong e Macau, Maxim Schulte, do The Ritz-Carlton Bar Macau, que poderá criar sua própria fórmula de gin e destilá-la ao lado do master distiller da marca, Desmond Payne. Seu drink, Stack Of Fortune, fazia referência as comparações de Macau como sendo a Las Vegas asiática.
ROTEIRO LONDRINO
Como parte da ambientação do campeonato, os 31 participantes da competição fizeram um roteiro pelos principais pontos turísticos de Londres, como o London Eye e Torre de Londres, além de terem contato com as ruas e a vibração da cidade a fim de conhecer o verdadeiro espírito da capital – tema do MIXLDN deste ano.
Os roteiros etílicos também não ficaram de lado. Nesta semana, Luciano Guimarães e os bartenders participantes puderam sentar-se no balcão dos bares mais premiados do mundo para novas experiências de coquetelaria, com sabores, receitas e atendimento de padrões únicos no mundo.
A destilaria de Beefeater London Dry Gin também estava no roteiro dos finalistas. Eles puderam conhecê-la tendo como guia ninguém menos que o master distiller da marca e um dos jurados da competição, Desmond Payne. Assim, conheceram todo o método criterioso de fabricação da bebida e suas peculiaridades.
PROVAS
Luciano Guimarães estava confiante com sua criação Marco Zero, inspirada em uma praça de mesmo nome em Recife, onde vive. Antes do anúncio dos oito finalistas, ele passou por quatro desafios surpresa que colocaram à prova seus conhecimento sobre bar, harmonização e hospitalidade.
O primeiro deles foi hospitalidade. Três críticos de bar e gastronomia sentavam-se ao bar e conversaram com o bartender, pedindo ao final um drink que lembrasse seu país de origem. Em oito minutos, Guimarães teve que criar uma receita inspirada no Brasil com os ingredientes disponíveis em sua dispensa de acordo com o desejo de sua cliente.
O segundo, também surpresa, aconteceu no restaurante CUB, famoso por sua gastronomia sustentável e anti desperdício. Nele, o jurado e chef do restaurante, Douglas McMaster, avaliou a capacidade de Guimarães em criar um cocktail com Beefeater em apenas dez minutos capaz de harmonizar com um prato fino de algas marinhas e brócolis, além de estar alinhado à filosofia do restaurante. O vencedor do MIXLDN6, Timothy Ching, também foi fez parte do júri desta prova.
A terceira prova propunha um desafio fotográfico. O finalista brasileiro teve de preparar seu cocktail para que fosse fotografado ao seu lado. Já o último, realizado na quarta-feira (7), era focado em seu drink de assinatura. Ele devia preparar três cocktails Marco Zero no bar e levá-los para os jurados, em uma sala. Lá, foi entrevistado durante dez minutos sobre a inspiração para sua receita e a ligação com os ingredientes utilizados.
PERFORMANCE INTERNACIONAL
Apesar de não ter sido o grande vencedor global do campeonato, a participação de bartenders brasileiros em competições internacionais tem se tornado cada vez mais frequente, tendo em vista a profissionalização da classe e as oportunidade oferecidas pela indústria. No ano passado, por exemplo, o Brasil foi representado por Matheus Cunha no MIXLDN6 e o barman Renan Tarantino ficou entre os sete melhores do mundo no Jameson Bartenders’ Ball.
Para o embaixador de Beefeater London Dry Gin no Brasil, Tiago Olim, a final foi repleta de experiências positivas e enriquecedoras. “Eu pude acompanhar de perto a performance de Luciano durante a semana do campeonato e foi incrível ver como ele se superou a cada desafio, sempre com um olhar atento em todas as experiências para poder absorver o máximo de conhecimento e aprendizados”, explica.
Para ele, a coquetelaria brasileira tem se desenvolvido muito nos últimos anos e está cada vez mais presente nas finais globais. “Luciano já é um vencedor. Ele concorreu com 90 bartenders de todo o Brasil e seu cocktail Marco Zero foi consagrado o melhor por entre todos. Isso já é uma grande vitória”, finaliza.
FINALISTAS
Com base nos primeiros desafios, os oito finalistas foram anunciados pela embaixadora global da marca, Sumaiyah Connolly, na quinta-feira. Passaram para grande final da competição: Jason Seele (Estados Unidos), Jason Griffin (Canadá), Alexander Walker (Reino Unido), Patryk Kowalski (Polônia), Maxim Schulte (Hong Kong), Margarita Dimova (Bulgária), Maxime Verrier (Noruega) e Miroslav Telehanič (Eslováquia).
A última prova consistia em preparar seus cocktails e explicar a inspiração da receita para o júri composto pelas seguintes personalidades da coquetelaria mundial: Simon Difford, editor do Difford’s Guide internacional; Ryan Chetiyawardana, bartender renomado e fundador do bar londrino Dandelyan; Alessandro Palazzi, barman do Dukes Hotel; Douglas McMaster, chef de cozinha e um dos fundadores do restaurante CUB; e Desmond Payne.
Por fim, o grande vencedor foi anunciado pelo master distiller: Maxim Schulte. O americano Jason Seele ganhou o prêmio de escolha do público.