⍟ Na ficção científica de Morten Tyldum, o ator Michael Sheen interpreta o bartender Arthur. Metade humano, metade robô, ele está à frente do bar da espaçonave (!) onde Aurora (Jennifer Lawrence) e Jim (Christ Pratt) têm uma importante missão a cumprir.
Que a agilidade e o estilo estão entre as habilidades do barman, ninguém discute. As técnicas se fundem aos movimentos sincronizados no preparo dos drinks, enquanto os clientes admiram sua performance. Apesar de tanta criatividade, porém, é inevitável que alguns movimentos tendam a se repetir. E aí vem a pergunta: com o advento tecnologia, estaria o mundo da coquetelaria preparado para bartenders robóticos?
O tema aparece na ficção científica “Passageiros” (Passengers, EUA 2016, direção de Morten Tyldum), em cartaz desde o último dia 5 nas principais salas de cinema do país. A hipótese é explorada com bom-humor: o bartender Arthur, interpretado pelo ator Michael Sheen, nada mais é do que um… androide!
O FILME
O bar de Arthur não é nada trivial. Afinal, está instalado em uma nave espacial. Lá ele interage e prepara drinks para dois clientes em especial: Aurora (Jennifer Lawrence) e Jim (Christ Pratt).
Os três estão entre os 5 mil (!) passageiros de uma viagem com duração de 120 anos rumo a outro planeta. Porém, acordam 90 antes do tempo programado, durante um procedimento de rotina. Agora, caberá a eles evitar que a missão fracasse.
Obviamente, sincronia e velocidade não parecem um problema para o robô-barman. Mas a metade humana ainda se sobressai à robótica: ele tem a capacidade de interagir com as pessoas e compreender seus problemas e emoções. “As pessoas veem o bartender também como um confidente. No filme, eu sou aquele com quem o casal de protagonistas pode conversar. O desafio foi chegar a um meio termo sobre o quanto robótico e o quanto humano eu deveria parecer”, contou o ator recentemente ao portal norte-americano Pop!.
O bartender é aquele que tem ouvidos para escutar, um ombro para chorar, que silencie ou fale quando preciso e saiba dar bons conselhos
– Michael Sheen
PREPARAÇÃO
Em seu treinamento, Sheen aprendeu a não olhar para as próprias mãos enquanto preparava os drinks. Também trabalhou o working flair, variação da técnica original que prioriza a otimização do tempo no balcão. Assim, vivenciou um pouco do que os profissionais de bar experimentam diariamente.
Para o diretor Morten Tyldum, também entrevistado pelo tabloide online, Sheen cumpriu a missão com louvor: “O espectador nunca vai esquecer que ele é um robô pois a interpretação dele é perfeita. Ao mesmo tempo, o personagem é carismático ao ponto de você se preocupar com o destino dele na trama”, elogia.
Assista ao trailer do filme aqui.
