⍟ Jurado técnico da grande final, Fabio La Pietra retornou ao Bar Aberto para julgar uma prova criativa com drinks feitos com vodka, gin e whisky. Para ele, o reality show é o maior palco de talentos amadores do país
Publicado em 03 de dezembro de 2021, às 10h.
Bartender renomado, diretor criativo de coquetelaria da Companhia Tradicional de Comércio, responsável pelos bares Astor, SubAstor e Bar do Cofre, Fabio La Pietra roda o mundo participando de grandes eventos de coquetelaria e defendendo as riquezas da biodiversidade brasileira, seus sabores e regionalidades. Nesta temporada, ele retornou ao palco para mais uma participação como jurado técnico do Bar Aberto, que foi ao ar no Multishow. A grande final, exibida ontem, envolveu os participantes em uma prova criativa, em que precisavam preparar drinks à base de Absolut Vodka, Beefeater Gin e Chivas Regal. Na opinião dele, o reality show é o maior palco de talentos amadores de bar em todo o Brasil.
Com oito episódios, diversas provas e momentos de tensão, o Bar Aberto chegou ao fim com uma longa jornada de vivências etílicas, erros, acertos, surpresas e aprendizados. Para todos os jurados, incluindo Fabio La Pietra, foi notável a evolução dos bartenders amadores a cada episódio, e de uma forma geral, da primeira para a segunda temporada também.
O repertório de sabores, conhecimento sobre os destilados, estruturas de cocktails e técnicas foram vitais para que os participantes passassem nas provas, avaliadas pelo bartender Márcio Silva e convidados. Essa combinação de habilidades levaram Ana Carla para o pódio como melhor bartender amadora do país.
Para Fabio La Pietra, o Bar Aberto é um reality show importante para estimular novas gerações de profissionais de bar e também e também educar o consumidor sobre drinks, destilados e consumo responsável. “O que mais me marcou nesta temporada foi a dedicação e humildade de todos os competidores, e em particular, os grande finalistas deste ano, que merecem tanta credibilidade quanto futuro no mundo do bar”, afirmou.
SANGUE ITALIANO E INSPIRAÇÃO BRASILEIRA
Com 32 anos, Fabio La Pietra já se sente parte da comunidade de bar brasileira. Há quase nove anos, desembarcou no Brasil encantado pela natureza, biodiversidade e sabores tropicais. Porém, sua história com a coquetelaria começou a milhares de quilômetros de São Paulo, onde vive e trabalha atualmente. Na Itália, país onde nasceu, frequentou a escola de Hotelaria e fazia bicos de garçom.
Pouco tempo depois, começou a fazer turnos em bares e hotéis importantes nas cidades de Como, Senigália e Milão. Em 2008, após contatos em uma convenção de bartenders realizada em Berlim, recebeu o convite para trabalhar no Montgomery, um dos mais cultuados balcões de Londres na época. Um mês depois, ele desembarcou na capital mundial da coquetelaria, para usar o uniforme de suspensórios amarelos da casa.
“Minha adaptação foi gradual, comecei como barback, passei por junior bartender, bartender e head bartender. Era uma grande responsabilidade seguir os passos de nomes como Nidal Ramini, Agostino Perrone, Marian Beke, Ales Olasz e Jack Hubbard, entre tantos outros”.
Premiado com os títulos de melhor bar de coquetelaria e a melhor carta de coquetéis do mundo, o sucesso alcançado no Montgomery Place permitiu que La Pietra continuasse a buscar seus objetivos e novas culturas. Em uma dessas viagens, em 2013, conheceu o Brasil. “A biodiversidade do país, até então desconhecida por mim, me atraiu. Desde então comecei a pesquisar, formular ideias sobre o uso dos ingredientes locais em fusão com as receitas clássicas”, afirma.
Ao encantamento, juntou-se a oportunidade. A convite do SubAstor, mudou-se para São Paulo disposto a contribuir com a inovação e a valorização da mixologia local. Ganhador de diversos prêmios, teve uma breve passagem pelo bar Peppino, retornando posteriormente ao SubAstor, onde permanece até hoje.
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