drink servido no hideout speakeasy

Hideout Speakeasy: um balcão secreto à beira-mar

⍟ Carta de Negronis, clássicos revisitados e autorais levam ao litoral paulista o melhor da coquetelaria da Prohibition

Publicado em 18 de dezembro de 2020, às 12 horas.

Quase cem anos separam o início da Lei Seca americana e o ano de 2020, mas quando um visitante abre as portas do Hideout Speakeasy, é como se pouca coisa tivesse mudado. Abajures à meia luz, mesas com copos dos grandes clássicos da época e a voz imponente de Frank Sinatra encantando os ouvidos dos convidados.

Isso mesmo, convidados. No Hideout, chamado carinhosamente de “o menor bar de Santos (SP)”, ninguém entra por acaso. Afinal, como todo bom speakeasy, seu endereço não está nos sites de pesquisa e muito menos na biografia do Instagram. A rede social do bar, inclusive, é privada, e o público, selecionado. Para visitá-lo, é preciso entrar em contato por mensagem e receber a dica para encontrá-lo.

“Sirvo no Hideout aquilo que serviria em casa aos meus amigos”, explica o sócio e fundador do Hideout, Marcelo Malanconi. Por esse motivo, o bar não é aberto ao grande público e o cardápio, pensado com carinho e elaborado com a mistura perfeita de clássicos da Prohibition, menus sazonais, drinks autorais, cervejas artesanais, vinhos e uma carta especial com diversos Negronis – carro-chefe do speakeasy hoje.

Afirma-se que tudo começou com Carry Nation, membro radical do Movimento de Temperança, que defendia o fim da venda de bebidas alcoólicas, antes mesmo da criação oficial da Lei Seca. Por isso, nada mais justo do que homenageá-la logo na entrada com uma foto sua. Afinal, se não fosse por mulheres como ela, a proibição não teria acontecido. Nas paredes, outros retratos lembram de figuras importantes da época, capas de jornais que fizeram história e ídolos do jazz.

SPEAKEASY REMODELADO

Quando falamos sobre speakeasies, lembramos daquelas pequenas portinhas no subterrâneo de uma mercearia, de uma casa ou oficina, com uma abertura para os olhos do responsável pelo controle dos bebedores fora da lei. Quanto mais escondido, mais seguro para preparar cocktails à base dos spirits proibidos.

Até as propostas de speakeasies atuais, como o Paradiso, na Itália, ou o Raiz Bar, em São Paulo, mantêm os bares secretos no subterrâneo de outros estabelecimentos. O Hideout, não. Sua porta fica no nível da calçada, disfarçada entre salões de beleza, artesãos e costureiros. Por ficar tão perto de outros comércios e prédios residenciais, a descrição do local se dá pelo volume baixo das músicas e das conversas dos seus convidados.

Com pouco mais de um ano de funcionamento, Malanconi afirma que, apesar da proposta ‘fora da caixa’ para o público da Baixada Santista, o pequeno balcão foi abraçado pelo público.

Crescer? Isso ainda não está nos planos da equipe do Hideout, a ideia é aumentar o serviço do bar, sem colocá-lo no hype do circuito de bares em ascensão na cidade nem colocar uma placa na porta. Manter a tradição é a palavra de ordem.

Assista a matéria sobre o Hideout Speakeasy na íntegra:

 Quer conhecer mais detalhes sobre o período da Lei Seca americana? Acesse essa matéria especial:

Fale Baixo! O surgimento dos Speakeasies durante a Lei Seca nos EUA

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